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Primeiros Socorros

CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DE SABER PRATICAR GESTOS QUE SALVAM.

CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DE SABER PRATICAR GESTOS QUE SALVAM.

Primeiros Socorros

06
Mai08

Introdução

Socorrismo
Anualmente, milhares de pessoas morrem em Portugal devido a doenças súbitas ou acidentes de todo o tipo. Nestas situações, os cuidados imediatos podem ser garantidos por qualquer pessoa com noções básicas de socorrismo, afim de minorar os efeitos negativos destes acidentes.
 
Infelizmente, sabemos que as técnicas a aplicar em situações inesperadas não são do conhecimento geral. Tal suspeita vem confirmada num inquérito realizado, em Setembro de 2007, a cerca de 75 alunos e professores da Escola Secundária de Pedro Nunes.
 
Concluímos que a população está pouco informada acerca das acções a tomar em situações de primeiro socorro.
 
Nesse sentido, com o propósito de facilitar a aprendizagem das técnicas a tomar, foi formulado o presente blog de apoio que constitui um guia útil de consulta prática. Nele vêm contidas as causas, métodos de prevenção e procedimentos a tomar em variadas situações de risco, susceptíveis de acontecer no quotidiano de cada um.
 
Existe uma enorme quantidade de situações possíveis. Todavia, este blog não engloba todos os casos de emergência pré-hospitalar, omitindo situações como queimaduras, traumatismos e lesões articulares, musculares e ósseas.
 
Deste modo, como forma de complementar a informação contida neste blog, sugerimos um aprofundamento de conhecimentos. O mesmo poderá ser feito através da frequência de um curso de socorrismo ministrado em instituições credenciadas, tais como a Cruz Vermelha Portuguesa ou o INEM.
 
Caso surja qualquer tipo de dúvida, não hesite em contactar-nos através do endereço:
06
Mai08

Dor Precordial

Socorrismo
Angina de Peito:
 
 
A Angina de Peito ocorre quando as necessidades do miocárdio em oxigénio não conseguem ser fornecidas pelas artérias coronárias. Está relacionada com uma obstrução parcial das artérias coronárias, diminuindo a irrigação do miocárdio.
A forma mais frequente de manifestação desta situação é o desconforto torácico, com maior incidência na região precordial. A crise da Angina relaciona-se com diversas situações, que exigem maior fornecimento de sangue oxigenado ao coração e restantes tecidos.
  
  
 Enfarte Agudo do Miocárdio:
 
 
O Enfarte Agudo do Miocárdio resulta de uma obstrução brusca e total duma artéria coronária, privando a circulação a determinada zona do músculo cardíaco e ocasionando morte celular. Esta situação não está directamente relacionada com o esforço podendo mesmo surgir quando a vítima está em repouso.
 
       
Sinais e Sintomas:
 
-Sensação de desconforto torácico;
-Dor precordial com irradiação para o pescoço e membro superior esquerdo, sem qualquer factor de alívio ou agravamento;
-Angústia, ansiedade e agitação;
-Náuseas e vómitos;
-Ventilação difícil;
-Pulso rápido, fraco e irregular.
 
 
Primeiro Socorro:
 
-Promover o transporte ao hospital pelos meios adequados;
-Manter um ambiente tranquilo junto da vítima e reforçar a confiança;
-Evitar qualquer tipo de movimento;
-Manter a temperatura corporal e vigiar as funções vitais;
-Verificar se toma medicação específica (se necessário colocar um comprimido debaixo da língua;
-Se consciente, colocar a vítima numa posição confortável, sempre com o tronco ligeiramente mais elevado;
-Se inconsciente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS).
06
Mai08

SBV

Socorrismo

Suporte Básico de Vida no Adulto

  • O que fazer?
Não fazer qualquer aproximação a uma vítima sem primeiro verificar as condições de segurança.
Garantida a segurança, aproximar-se da vítima e fazer a avaliação do estado de consciência, tocando suavemente os ombros e chamando por ela.
 
Se a vítima responder, deixá-la na posição em que se encontra, fazer o exame secundário e o alerta, reavaliando a vítima frequentemente enquanto não chegarem os técnicos de emergência.
 
OU
 
Se a vítima não responder aos estímulos, gritar de imediato por ajuda e colocar a vítima de costas.
 
Fazer a abertura da via aérea utilizando a técnica de extensão de cabeça com elevaçãodo maxilar inferior e executar o VOS até 10 segundos, para avaliar se a vítima tem uma ventilação eficaz.
 
 Ver- existência de movimentos toraco-abdominais
 Ouvir- o ruído da inspiração/expiração
 Sentir- a saída do ar na face do socorrista
 
 
Numa vítima cianótica (azulada) uma respiração irregular e ruidosa não é considerada eficaz. Em caso de dúvida, se a vítima apresenta alguma ventilação espontânea, o socorrista actua como ausência de ventilação.
 
Se a ventilação for eficaz, colocar a vítima em Posição Lateral de Segurança (PLS) e, de preferência, pedir a alguém para fazer o alerta para não ter de abandonar a vítima. A PLS deve ser adoptada em todas as situações de inconsciência. Em caso de a vítima agravar o seu estado, esta posição permite que se possa voltar a vítima com facilidade para o decúbito dorsal.
 
Se a vítima não ventila ou ventila de forma não eficaz, faça ou peça a alguém para fazer de imediato o alerta e inicie rapidamente as manobras de SBV. Comece pelas compressões torácicas, colocando-se de joelhos junto do tórax da vítima.
 
Depois de fazer 30 compressões torácicas, faça a extensão da cabeça e elevação do maxilar inferior e execute 2 insuflações.
Através do método de boca-a-boca, ou através de uma máscara de bolso, insuflar suavemente, enquanto observa a elevação do tórax. Faça a insuflação durante um segundo. A quantidade de ar a insuflar é a estritamente necessária para elevar o tórax.
 
Afastar-se da cabeça da vítima e observar a descida do tórax. Faça nova insuflação. Após 2 insuflações, volte às 30 compressões torácicas.
 
Na impossibilidade de executar o método boca-a-boca, o método de respiração boca-a-nariz pode ser uma alternativa.
 
  
Se a insuflação inicial não fizer o tórax expandir, verifique:
- se há algum corpo estranho na boca; retire-o apenas se ele estiver visível. Reinicie de imediato as insuflações.
- se a posição da cabeça está correcta.
- se a vítima possui vestuário apertado.
 
Se por algum motivo não for possível efectuar a insuflação, deve fazer apenas as compressões torácicas e a um ritmo de 100/minuto. Suspenda esta manobra logo que a vítima recupere a ventilação eficaz.
 
 
 
Manter as manobras de SBV até:
- chegar alguém mais qualificado e tomar conta da situação;
- a vítima começar a respirar de forma eficaz;
- à exaustão do socorrista.
 
 
 
06
Mai08

Engasgamento

Socorrismo
Obstrução da via aérea no Adulto
 
O que fazer?
 
Estas acções executadas para o adulto também são válidas para crianças com idade superior a 1 ano.
 
Na obstrução parcial, encoraje a vítima a tossir; não deve ser feita qualquer outra manobra enquanto a vítima conseguir tossir.
 
Na obstrução total com a vítima consciente, iniciar de imediato 5 pancadas interescapulares e verificar se o corpo estranho (CE) se desalojou. Se a obstrução se mantiver, aplicar 5 compressões abdominais e verificar se o CE foi desalojado.
 
Se mesmo assim continuar, alternar as pancadas interescapulares com as compressões abdominais até a obstrução se resolver ou a vítima ficar inconsciente.
 
 
 
Pancadas Interescapulares
 
1) Colocar-se atrás da vítima e segurar a vítima pela cintura enquanto ela se inclina para a frente.
 
2) Executar as pancadas entre as omoplatas, sobre a região dorsal, com a base da mão.
 
  
Compressões abdominais
 
1) Colocar-se atrás da vítima com os braços à volta do abdómen. Inclinar a vítima para a frente.
 
2) Colocar uma mão sobre o abdómen, entre o umbigo e o apêndice xifóide, e colocar a outra mão sobre a primeira.
 
3) Fazer pressão para dentro e para cima.
 
Se a vítima em qualquer momento ficar inconsciente:
  • Proceder ao alerta imediato;
  • Iniciar a RCP, tanto numa vítima com obstrução conhecida como na suspeita de obstrução;
  • Verificar sempre a boca antes de executar as insuflações, sendo que a remoção do CE só é feita se ele for visível.
  
Compressões torácicas
 
Na vítima grávida ou muito obesa, a compressão abdominal é substituída pela compressão torácica. As compressões torácicas são alternadas com as pancadas interescapulares, em grupos de 5.
 
1) Colocar-se atrás da vítima e passar os braços por debaixo das axilas da vítima.
 
2) Colocar uma mão sobre o centro do tórax e a outra mão por cima da primeira. Evitar o apêndice xifóide e região de articulação das costelas com o esterno.
 
3) Executar pressão sobre o tórax da vítima, contra o tronco do socorrista.
06
Mai08

Choque

Socorrismo
Sinais e Sintomas:
 
-Palidez;
-Diminuição da temperatura corporal;
-Pele húmida e, muitas vezes, viscosa;
-Há agitação inicial e depois apatia;
-Pulsação rápida e fraca;
-Ventilação superficial, difícil, rápida ou irregular e ofegante;
-Pode existir dilatação pupilar;
-A vítima pode ter náuseas e mesmo vomitar;
-Em muitas situações fica inconsciente.
 
 
Primeiro Socorro:
 
Se consciente:
-Deitar a vítima em decúbito dorsal (de costas), com a cabeça baixa e as pernas levemente levantadas (cerca de 30 cm);
- Desapertar-lhe as roupas no pescoço, peito e cintura;
- Animar e moralizar e vítima;
- Manter a temperatura corporal, por exemplo colocando um cobertor por baixo e outro por cima da vítima;
-Não dar nada a beber.
 
Se inconsciente:
- Colocá-la em PLS (Posição Lateral de Segurança) e reavaliar frequentemente até à chegada da ambulância.
06
Mai08

Hemorragias

Socorrismo
Sinais e Sintomas:
 
-Visualização da saída de sangue
 
Quando a hemorragia é grave ou interna invisível, é possível identificar a presença de outros sinais e sintomas:
- Dor local ou irradiante;
- Sede (sempre que há perda de líquidos orgânicos em quantidade)
- Zumbidos;
- Dificuldade gradual de visão;
- Pulso progressivamente rápido e fraco;
- Ventilação progressivamente mais rápida e superficial;
- Pupilas progressivamente dilatadas;
- Outros sinais e sintomas de choque.
 
Primeiro Socorro:
 
Tem por finalidade estancar a hemorragia ou, quando isso não seja possível, limitar ao máximo a saída de sangue.
 
- Arejar o local para a vítima poder ventilar de forma mais eficaz;
- Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen;
- Animar e moralizar;
- Se consciente, instalar a vítima numa posição de conforto, movimentando-a o menos possível;
- Se inconsciente, em PLS;
- Manter a temperatura corporal;
- NÃO DAR NADA A BEBER;
- Promover a evacuação para o hospital.
 
 
Hemorragia interna visível
 
O sangue sai da boca e provém dos pulmões
Hemoptise: sangue vermelho vivo e espumoso que sai acompanhado de tosse e falta de ar (dispneia).
  • Fazer tudo o que é preconizado como actuação geral.
  • Se consciente, recomendar que a vítima ventile pausadamente para evitar tossir.
 
O sangue sai da boca e provém do tubo digestivo
Hematemese: sangue de cor diversa que sai acompanhado de vómito e geralmente de dor abdominal.
  • Fazer tudo o que é preconizado como actuação geral.
  • Se consciente, colocar a vítima deitada sobre o lado esquerdo.
  • Colocar um saco de gelo sobre o abdómen.
 
O sangue sai pelo nariz
Epistáxis
  • A hemorragia pelo nariz pode ser devida a traumatismo craniano. Sempre que haja suspeita desta situação, não tamponar nem fazer compressão digital;
  • Colocar a vítima com a cabeça direita, no alinhamento do corpo. Fazer compressão com os dedos polegar e indicador em pinça, apertando as extremidades das narinas durante cerca de 10 minutos;
  • Aplicar frio no local, através do uso de gelo, não directamente sobre a pele;
  • Apenas em ultimo caso, pode fazer o tamponamento das duas narinas usando para o efeito uma tira de pano ou gaze;
  • Se necessário, promover o transporte ao hospital.
 
Hemorragia externa
 
Existem três processos principais para estancar o sangue de um hemorragia externa:
  • Compressão Manual Directa.
  • Compressão Manual Indirecta.
  • Garrote arterial (improvisado).
  
Qualquer deles deve ser associado à elevação do membro, se este for o local da hemorragia, mantendo-o mais elevado do que o coração.
Apenas iremos incidir na técnica de compressão manual directa por ser a mais indicada pelos formadores dos cursos de socorrismo.
 
 
Compressão manual directa
 
Consiste em aplicar sobre a ferida que sangra um penso, improvisado ou não, comprimindo a zona com a mão.
 
Se o penso se ensopar de sangue, não deve ser retirado. Coloca-se outro por cima e faz-se uma compressão manual mais forte.
 
O primeiro penso nunca deve ser retirado pelo socorrista.
Deve-se isso ao facto de que, quando se dá uma hemorragia, inicia-se também o processo de coagulação do sangue pelo que, nos bordos do ferimento e no sítio onde está aplicado o penso, este cola-se ao ferimento. Se for retirado, destrói-se o coágulo sanguíneo e tudo volta ao princípio.
06
Mai08

Intoxicações

Socorrismo
Sinais e Sintomas:
 
O universo de produtos tóxicos provoca sintomatologias muito diversas. Assim, é fundamental não só o exame geral da vítima como também uma atenta observação dos diversos cenários que se podem encontrar junto desta, tais como:
- Odor pouco habitual na atmosfera;
- Seringa ou caixa de medicamentos vazias;
- Grupo de pessoas com sintomas idênticos após refeição.
 
Primeiro Socorro:
 
Não há um antídoto específico para todos os tóxicos; assim, é necessário proceder à correcta identificação do tóxico através de embalagens vazias, equipamento utilizado ou mesmo vómito, os quais devem ser recolhidos, sempre que possível, para entrega no hospital. A actuação no local é sempre fundamental. Aí será mais acessível a recolha de informações.
 
Actuação geral
 
 
  • Exame geral da vítima.
  • Recolha de informações, obtendo respostas às seguintes questões:
O QUÊ? (qual o tóxico);
COMO? (qual a via);
QUANTO? (qual a quantidade);
QUANDO? (há quanto tempo);
QUEM? (sexo, idade, peso, sintomatologias, factores agravantes da vítima).
 
 
CONTACTAR CENTRO DE INFORMAÇÕES ANTIVENENOS (CIAV)

808 250 143
 


 
Actuação específica
 
Via cutânea
  • Lavar abundantemente com água corrente e sabão durante cerca de 20-30 minutos;
  • Retirar roupas contaminadas;
  • O socorrista deve usar luvas e, eventualmente, máscara.
 
Via Ocular
  • Lavar abundantemente com água corrente ou soro fisiológico, do canto lacrimal (interno) para o canto temporal (externo).
 
Via inalatória
  • Eliminar a fonte do tóxico, arejando e retirando e vítima do local contaminado.
Via circulatória directa
  • Arrefecer localmente;
  • Manter a imobilidade da vítima.
06
Mai08

Feridas

Socorrismo
Primeiro Socorro:
 
Feridas que não requerem tratamento médico ou diferenciado:
 
1)    Acalmar a vítima falando com ela, saber como se feriu e se tem em dia a vacina contra o tétano;
2)    Expor a zona da ferida para se poder observar cuidadosamente (tirar roupa ou descoser);
3)    Se necessário, retirar adornos (anéis, fios, relógios…);
4)    Nunca falar, tossir, espirrar ou fumar para cima de uma ferida ou penso;
5)    Ter mãos e unhas lavadas com água e sabão;
6)    Deve lavar / desinfectar a ferida com água e sabão ou solução anti-séptica;
7)    Colocar um penso e fazer a sua fixação com uma cobertura.
 
 
Limpeza
 
A limpeza de uma ferida deverá ser feita em duas fazes:
 
  1. Lavagem da zona da pele intacta, perifericamente á ferida, partindo dos seus bordos para a região mais afastada;
 
  1. Lavagem da ferida propriamente dita, do centro desta para o exterior, devendo utilizar-se compressas ou panos limpos sem pêlos.
 
Nota: Não utilizar álcool ou soluções corantes.
 
 
Penso
 
Proteger a ferida, utilizando:
 
  • Penso rápido (se a ferida for pequena);
  • Penso improvisado, usando compressas ou panos limpos sem pelos, fixando-os com adesivo, ligaduras ou lenços triangulares.
 
  
Feridas que requerem tratamento médico ou especializado:
(Ex: na boca, nariz, pescoço, olhos, órgãos genitais ou quaisquer feridas extensas e/ ou profundas).
 
  • Proceder como indicado no 1º Socorro de 1. a 5.;
  • Não lavar/ desinfectar;
  • Proteger a ferida com compressas ou panos limpos e secos;
  • Efectuar cobertura;
  • Promover transporte para o hospital.
 

Casos especiais

 
·         Se existir um objecto estranho encravado (faca, punhal, vidros…) NUNCA SE RETIRA.
·         Se o objecto estranho está nos olhos, tentar retirá-lo com um fio de água corrente, do canto interno para o externo. Se não sair, vendar os dois olhos.
06
Mai08

Golpe de Calor

Socorrismo
O Golpe de Calor afecta normalmente as pessoas que permanecem, por um período prolongado, num ambiente quente e húmido, especialmente se não repõem a água e sais minerais perdidos através da transpiração.
Qualquer vítima de golpe de calor deve receber cuidados médicos.
 
 Sinais e Sintomas:
 
  • Palidez;
  • Arrefecimento Corporal;
  • Suores frios e viscosos;
  • Dilatação pupilar;
  • Dores de cabeça, cansaço, tonturas e náuseas;
  • Cãibras (devido à desidratação);
  • Ventilação rápida e superficial;
  • Pode surgir inconsciência.
Primeiro Socorro:
 
  • Levar a vítima para um local fresco e arejado;
  • Aplicar o Primeiro Socorro para uma situação de choque;
  • Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Insolação

Socorrismo
A insolação pode ocorrer durante uma exposição prolongada ao calor seco. A temperatura corporal pode subir até aos 43ºC, devido à impossibilidade de transpirar, podendo ocorrer a perda de sentidos.
 
 
Sinais e Sintomas:
  • Pele encarnada e seca;
  • Aumento da temperatura corporal;
  • Contracção pupilar;
  • Agitação;
  • Dores de cabeça;
  • Náuseas ou vómitos;
  • Pulso forte e irregular;
  • Ventilação rápida e profunda;
  • Pode surgir inconsciência.
 Primeiro Socorro:
 
  • Levar a vítima para um local fresco e arejado;
  • Arrefecer gradualmente todo o corpo, dando mais atenção à cabeça (com uma toalha por exemplo);
  • Envolver a vítima num lençol húmido;
  • Prevenir o choque;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Geladura

Socorrismo
É uma situação em que os tecidos são localmente lesados por exposição das extremidades a temperaturas ambientes reduzidas. A lesão é provocada pela contracção dos vasos sanguíneos superficiais, situação que implica o aparecimento de edema (inchaço) dos tecidos e de trombos no interior dos vasos que diminuem ainda mais a perfusão local.
 
Sinais e Sintomas:
 
  • As áreas afectadas tornam-se pálidas, depois brancas como cera, cianosadas, à medida que a falta de irrigação aumenta;
  • Podem ocorrer bolhas;
  • Diminuição dos movimentos locais;
  • A vítima refere “picadas” e dores intensas, mas à medida que a lesão progride, a região torna-se gradualmente dormente e a dor desaparece;
  • Existe rigidez e insensibilidade térmica. 
Primeiro Socorro:
 
  • Levar a vítima para um local aquecido;
  • Retirar roupa e calçado molhado ou húmido, cortando se necessário;
  • Aquecer a zona afectada gradualmente, de forma indirecta, para evitar maior destruição dos tecidos (optar por agasalhar e não por mergulhar as extremidades em água quente);
  • Prevenir o choque;

Promover o transporte para o hospital.

06
Mai08

Hipotermia

Socorrismo
A Hipotermia surge quando a temperatura do corpo baixa a valores inferiores a 35ºC. Esta situação ocorre quando a temperatura ambiente é muito baixa, especialmente se o frio é acompanhado por chuva, humidade ou neve, ou por imersão em mares, lagos ou rios. A falta de preparação física, a fadiga, a fome e a desidratação aumentam o risco de hipotermia.
 
 
Sinais e Sintomas:
 
  • A pele da vítima está fria, pálida e seca;
  • A temperatura corporal está baixa – 35ºC ou menos;
  • Diminuição da lucidez e alterações do comportamento;
  • O pulso e a ventilação estão abaixo do normal;
  • À medida que a vítima vai perdendo a consciência, as funções vitais tornam-se cada vez mais difíceis de detectar, levando mesmo a uma paragem cárdio-respiratória (iniciar de imediato manobras de SBV). 
Primeiro Socorro:
 
  • Retirar vestuário molhado ou húmido;
  • Colocar botijas de água quente, protegidas, nas axilas e virilhas para manutenção da temperatura central. A sua colocação nas extremidades é contra-indicada pois o aumento da circulação periférica ajuda a diminuir ainda mais a temperatura central;
  • Agasalhar com cobertor;
  • Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Alcoolismo agudo

Socorrismo
O etanol é o álcool encontrado nas bebidas que habitualmente são consumidas e, ao contrário do que se pensa, não são estimuladores mas depressores do sistema nervoso central.
O alcoolismo agudo é consequência da ingestão de bebidas alcoólicas acima dos limites de tolerância do organismo.
Cada pessoa é afectada de uma forma diferente. Contudo, a sintomatologia apresentada poderá ser diversa, consoante o nível de intoxicação.
 
Complicações:
 
Hipoglicémia: Baixa concentração de açúcar no sangue, podendo provocar um quadro compulsivo.
 
Hipotermia: Baixa temperatura corporal (valores inferiores a 35ºC), provocando alterações das funções vitais.
 
Sinais e Sintomas:
  • Hálito característico a álcool;
  • Falta de coordenação de movimentos e dificuldade na articulação de palavras;
  • Alegria e exuberância de atitudes;
  • Conflitualidade;
  • Ventilação irregular e acelerada;
  • Palidez e suores frios;
  • Contracções de pequenos grupos musculares;
  • Alterações da lucidez, equilíbrio, força e consciência (em casos mais graves pode surgir o coma etílico). 
Primeiro Socorro:
 
Se a vítima estiver consciente:
  • Provocar o vómito para eliminar o conteúdo gástrico;
  • Dar bebidas fortemente açucaradas;
  • Manter a temperatura corporal;
  • Vigiar as funções vitais.
 
Se a vítima estiver inconsciente:
  • Manter a via aérea permeável;
  • Colocar a vítima em PLS;
  • Manter a temperatura corporal;
  • Colocar açúcar debaixo da língua;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Epilepsia

Socorrismo
Sinais e Sintomas:
 
A epilepsia é uma doença neurológica de causa variada (genética, traumática ou tumoral), relacionada com uma alteração de condução dos estímulos/impulsos nervosos.
 
Existem dois grupos de epilepsia:
 
Pequeno Mal Epiléptico:
 
Caracteriza-se pelas seguintes alterações: -Alterações do comportamento;
                                                               -Ausências/ Alheamento.
 
Grande Mal Epiléptico:
Caracteriza-se por 4 Fases:
 
1) Fase Aura – alucinação sensorial (auditiva, sensorial, olfactiva) com sensação de ataque eminente.
 
2) Fase Tónica – perda de consciência, aumento das contracções musculares e apneia.
 
3) Fase Clónica – contracções e relaxamentos bruscos dos grupos alternados de músculos, por vezes acompanhados por ventilação ruidosa, salivação abundante e perda de controle dos esfíncteres.
 
4) Fase Pós-crítica – relaxamento dos músculos e recuperação progressiva de consciência.
 
Primeiro Socorro:
 
Pequeno Mal Epiléptico:
 
  • Acalmar e colocar a vítima em posição confortável;
  • Se necessário, promover o transporte para o hospital.
 
Grande Mal Epiléptico:
 
  • Proteger, afastando objectos e amparando a cabeça e membros superiores;
  • Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax, e abdómen;
  • Manter a via respiratória permeável, para prevenir a alteração da função cárdio-respiratória;
  • Colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência (fase de recuperação);
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

AVC

Socorrismo
Acidente Vascular Cerebral
 
 Como resultado de perturbações da circulação do sangue oxigenado nas estruturas encefálicas (cérebro, cerebelo e tronco cerebral), estas entram em sofrimento decorrente da isquémia a que vão estar sujeitas, sendo a situação tanto mais grave quanto mais extensa for a ara afectada.
Estas situações designam-se por Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e resultam da diminuição ou ausência do fluxo de sangue e, consequentemente, de oxigénio ao nível dos tecidos das estruturas encefálicas.
 
Consideram-se dois grandes tipos de AVC:
- Isquémicos;
- Hemorrágicos.
 
 
Sinais e Sintomas:
  • Perda brusca do conhecimento;
  • Descoordenação, descontrolo ou mesmo incapacidade de realização de movimentos;
  • Dores de cabeça (cefaleias) fortes (associados à hemorragia cerebral);
  • Agitação e Ansiedade;
  • Dificuldade na articulação das palavras;
  • Pupilas anisocrónicas (com diâmetros diferentes, estando mais dilatada a do lado da lesão);
  • Paralisia Facial;
  • Insensibilidade aos estímulos tácteis;
  • Palidez;
  • Sudorese;
  • Hemiplégia (paralisia de um hemicorpo).
Primeiro Socorro:
  • Reduzir tensão emocional:
-Manter um ambiente tranquilo;
-Afastar os familiares;
-Incutir confiança;
  • Promover o estímulo cerebral (não em exagero);
  • Manter a via aérea permeável;
  • Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax e abdómen;
  • Colocar a vítima numa posição confortável de acordo com o seu grau de consciência;
  • Manter a temperatura corporal;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Diabetes

Socorrismo
Hiperglicémia:
 
Excesso de açúcares no sangue relativamente ao nível de insulina circulante. Geralmente, esta situação surge em indivíduos com propensão para diabetes, ou mesmo doentes diabéticos, medicados ou não. Pode surgir como causa directa de:
 
-   Refeição muito rica em hidratos de carbono (açucares);
- Falta de insulina exógena em doentes diabéticos e insulino-dependentes.
 
 
Sinais e Sintomas:
  • Fadiga crescente;
  • Manutenção da prega cutânea/desidratação;
  • Ventilação rápida, profunda e irregular;
  • Pulso rápido e cheio;
  • Hálito adocicado a fruta ou a acetona;
  • Face rosada e aspecto congestionado;
  • Inconsciência – coma.
Primeiro Socorro:
  • Obter história clínica:
- O doente é insulino-dependente?
- Já administrou a dose de insulina diária?
- O doente faz antidiabéticos orais?
  • Manter as vias aéreas permeáveis;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
Hipoglicémia
 
 
Fornecimento insuficiente de substrato calórico (glicose) devido a:
- Jejum prolongado;
- Esforços físicos incomuns e em condições climatéricas desfavoráveis que aumentam os consumos energéticos do organismo;
- Dose excessiva de insulina exógena em doente que seja diabético e insulino-dependente.
 
Sinais e Sintomas:
  • Sensação de fraqueza/ fome;
  • Palidez acentuada;
  • Sudorese abundante e fria;
  • Pele pegajosa;
  • Pulso rápido e cheio;
  • Ventilação superficial e tendencialmente deprimida;
  • Parestesias (picadas /formigueiros) no rosto e nas mãos;
  • Convulsões -coma.
Primeiro Socorro:
  • Se a vítima estiver consciente e conseguir deglutir, pode dar-se água com açúcar;
  • Se a vítima estiver inconsciente, deve manter a via aérea permeável e colocar um torrão de açúcar sublingual (não se esquecendo de a colocar em PLS);
  • Manter a temperatura corporal;
  • Vigiar as funções vitais;
  • Promover o transporte para o hospital.
06
Mai08

Anexos

Socorrismo

 

Técnica da extensão da cabeça e elevação do maxilar inferior
 
1)    Colocar uma mão na testa, libertando os dedos indicador e polegar. Estes servirão para apertar o nariz se for necessário fazer insuflações.
2)    Inclinar a cabeça ligeira mente para trás.
3)    Dois dedos da outra mão são colocados sob o maxilar inferior, fazendo uma ligeira tracção superior.
 
 

Posição lateral de segurança (PLS)
 
O socorrista:
1)    Retira relógio e óculos à vítima.
2)    Coloca-se de joelhos junto à vítima que deve estar de costas e com as pernas esticadas.
3)    Coloca o braço da vítima mais próximo de si, para cima, ao lado da cabeça, com a palma da mão voltada para cima.
4)    Segura na mão contrária e leva-a até à face da vítima, do seu lado, com a palma da mão virada para fora.
5)    Com a mão mais próxima das pernas da vítima, segura a perna mais afastada da vítima, mantendo-a flectida.
6)    Vira a vítima para o seu lado.
7)    Mantém a mão da vítima debaixo da face e a cabeça em extensão.
8)    A perna de cima deve ficar flectida de forma a formar um ângulo de 90º.
 
 
Técnica de compressão torácica (CT)
 
1)    Colocar a base de uma mão na metade inferior do esterno, na linha média do tórax, e colocar a outra mão sobre a primeira, entrelaçando e levantando os dedos.
2)    Não fazer pressão sobre as costelas, na parte superior do abdómen ou sobre o apêndice xifóide (ponta inferior do externo).
3)    Manter os braços esticados, perpendicularmente ao tórax da vítima.
4)    Pressionar o tórax 4 a5 cm, 30 vezes. Após cada compressão aliviar totalmente, sem perder o contacto com o esterno, e fazer as compressões a um ritmo de 100 por minuto. O tempo de compressão é igual ao tempo de descompensação.
 
 
Método de insuflação boca-a-boca
 
1)    Fechar o nariz da vítima com os dedos indicador e polegar da mão que faz a extensão da cabeça.
2)    Mantenha a boca da vítima aberta.
3)    Faça uma inspiração normal e adapte a sua boca à boca da vítima de forma a obter uma selagem perfeita e faça a insuflação.
 
 
Técnica da elevação/impulsão da mandíbula
 
1)    Colocar os dedos indicador e médio de cada mão na curvatura posterior de cada lado da mandíbula.
2)    Fazer pressão no ponto articular dos dois maxilares (inferior e superior) e empurrar a mandíbula para cima.

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